sexta-feira, 10 de dezembro de 2010 | By: António Farinha

Relatório PISA

Ao longo dos últimos anos eu e muitas pessoas que conheço fomos criticando as sucessivas mudanças que os governos foram fazendo.
Parecia-me a mim que estávamos a caminhar para a desresponsabilização e para um ensino de facilitismo.
Perante o relatório PISA que transcrevo abaixo tenho de me calar afinal desta vez "parece" que os nossos governantes tinham razão.
Leiam


Portugal registou uma evolução “impressionante” nos resultados da avaliação de alunos, afirmou hoje um responsável da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). “O melhor resultado de Portugal no relatório de 2009, em relação ao de 2006, foi obtido na matemática”, explicou Andreas Schleicher.

“Portugal ocupava o fundo da tabela nos relatórios anteriores e desta vez aproximou-se da média dos países da OCDE, ultrapassando por exemplo a Espanha”, afirmou Andreas Schleicher, director da Divisão de Indicadores e Análise da Direcção de Educação da OCDE.
Andreas Schleicher sublinhou que Portugal obteve uma classificação de 489 pontos, próxima da média da OCDE, que é de 493 no relatório de 2009 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), hoje divulgado em Paris.
O PISA avalia os conhecimentos e aptidões dos alunos em matemática, leitura e ciências. “O melhor resultado de Portugal no relatório de 2009, em relação ao de 2006, foi obtido na matemática”, explicou Andreas Schleicher.
“O que é mais interessante nos resultados de Portugal é que o salto foi conseguido sem sacrificar o equilíbrio dos diferentes níveis de alunos. Não houve declínio no topo para se conseguir a melhoria na base”, resumiu o especialista da OCDE, em entrevista à agência Lusa.
Andreas Schleicher refere que a melhoria de resultados “pode ser explicada em primeiro lugar pelas políticas seguidas nos últimos anos e por uma conjugação de factores como a avaliação de professores e um controlo sério da qualidade do ensino. Não se pode melhorar o que não se conhece”, explica o responsável da OCDE.
O relatório PISA revela também que “diminuiu o peso das repetições, cujo nível continua alto em Portugal”.
Portugal faz parte do grupo de países que no relatório PISA 2009 registaram melhorias significativas da sua nota geral, que inclui o Chile, Israel e Polónia.
Portugal está tanto entre os países com mais progressos na avaliação em matemática (com México, Turquia e Grécia) como no grupo com um salto mais significativo em ciências (Turquia, Coreia do Sul, Itália, Noruega, Estados Unidos e Polónia).
“A diferença entre as escolas melhores e as escolas piores diminuiu”, salientou Andreas Schleicher, acrescentando que é também relevante no caso português que “a diferença (de resultados) entre escolas privadas e públicas não é muito grande”.
Isso quer dizer talvez, explica Andreas Schleicher, que “a escolha entre público e privado e o mercado do ensino não são factores de melhoria da educação”.
O responsável da OCDE frisou também que “as escolas privadas, após se corrigir a diferença sócio-económica dos alunos, não têm por si só melhores resultados”.
O PISA 2009 revela que “os melhores resultados são obtidos em geral pelas escolas mais autónomas, aquelas que têm mais responsabilidades e liberdade na condução da sua actividade”.
Andreas Schleicher destacou, em geral, a importância das políticas educativas para combater o insucesso escolar, dando o exemplo das escolas de Xangai (China), onde “os directores das melhores escolas são incentivados a prosseguir carreira nas escolas mais difíceis. É uma política que está a ter resultados espectaculares, sem paralelo em qualquer outro país”.
Portugal está pela primeira vez “perto da média” dos países que participam no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), segundo um relatório hoje divulgado em Paris pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económicos (OCDE).
O relatório PISA 2009, que testa os conhecimentos dos alunos de 15 anos nas áreas de leitura, matemática e ciências, coloca Portugal na mesma categoria que os Estados Unidos, Suécia, Alemanha, Irlanda, França, Dinamarca, Reino Unido, Hungria e Taipei, uma das “economias de parceria” da avaliação.

Retirado do site
http://www.ps.pt/noticias/relatorio-pisa-portugal-registou-uma-evolucao-impressionante-nos-resultados-da-avaliacao-de-alunos/itemid-27
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010 | By: António Farinha

Cientistas descobrem droga que reverte o envelhecimento

Andava eu preocupado com o meu envelhecimento mas depois de há alguns anos ter sido descoberto um certo comprimido azul e agora a noticia que transcrevo abaixo leva-me a esquecer este assunto.


Um cientista conseguiu desvendar o segredo da juventude em uma pesquisa que abre caminho para a criação de uma droga que permita às pessoas viver mais tempo e com mais saúde.

A experiência imita o enredo do filme O Curioso Caso de Benjamin Button, em que o personagem de Brad Pitt rejuvenesce até a idade de um bebê. O estudo foi realizado pelo doutor em câncer Ronald DePinho, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Pela primeira vez, o cientista reverteu os efeitos do envelhecimento em ratos. Antes do tratamento, a pele, o cérebro, o intestino e outros órgãos dos animais equivaliam aos de uma pessoa de 80 anos.

Apenas dois meses depois de ter dado uma droga que ativa uma enzima-chave, cresceram tantas novas células nos animais que eles rejuvenesceram quase 100%. O rato macho deixou de ser infértil e se tornou pai de grandes ninhadas.

DePinho disse que, em termos humanos, “é como se uma pessoa de 40 anos que parecesse ter mais de 80 tivesse revertido aos níveis de uma pessoa de 50”.

A inovação está em estruturas chamadas telômeros, pequenos relógios biológicos que tapam as extremidades dos cromossomos, protegendo-as de danos. Com o tempo, os telômeros ficam cada vez menores, aumentando as chances de doenças relacionadas à idade, como o Alzheimer.

Eventualmente, eles ficam tão pequenos que fazem as células morrerem. Uma enzima chamada telomerase pode reconstruir as tampas dos telômeros, mas geralmente ela é desativada no corpo.

DePinho conseguiu trazer a enzima de volta à vida em ratos que tinham envelhecido prematuramente de uma forma projetada para imitar o processo de envelhecimento dos seres humanos.

Ele esperava que a técnica parasse ou tornasse mais lento o processo de envelhecimento, mas ficou surpreso ao descobrir que o tinha revertido.

O cientista diz que poderá ser possível fabricar uma pílula que faça o mesmo com as pessoas. Se for tomada na meia-idade, a droga poderia atrasar ou impedir o desenvolvimento do Alzheimer, de doenças do coração e diabetes, além de prolongar a vida.

Mas existem alguns senões. Altos níveis de telomerase podem estimular o crescimento de tumores cancerígenos. E é improvável que uma droga consiga acabar com todos os problemas causados pelo envelhecimento.

Em entrevista ao jornal Daily Mail, nesta segunda-feira (29), DePinho disse que existem vários mecanismos que levam ao envelhecimento. Ele explicou que embora os cientistas digam que os telômeros sejam importantes, existem outros fatores que entram em jogo.

Steven Artandi, especialista em telômeros da Universidade de Stanford, disse que o estudo é belo, mas alertou que drogas contra o envelhecimento só deverão surgir daqui a dez anos.

Noticia retirada do site:
http://www.correiodoestado.com.br/noticias/cientistas-descobrem-droga-que-reverte-o-envelhecimento_88030/